quinta-feira, 13 de agosto de 2009

História do Peru

A História do Peru se estende desde as civilizações pré-incas até os dias de hoje.
Culturas litorâneas tais como os Moche e os Nazca floresceram entre 700 a.C. e 100 a.C.. A cultura Moche produziu notáveis instrumentos de metal e os mais excepcionais trabalhos em cerâmica da antiguidade, enquanto a cultura Nazca é conhecida pelo seu trabalho com têxteis e as enigmáticas Linhas de Nazca.
Tais culturas litorâneas começaram a declinar como resultado das intempéries que freqüentemente atingiam a região, causando enchentes durante certos períodos e secas em outros períodos. Logo, as culturas que habitavam o interior do território, como os Huari e os Tiwanaku, se tornaram as culturas predominantes de uma vasta região, que abrange muito do que hoje são o Peru e a Bolívia.

História do Canadá

O Canadá era anteriormente habitado por nativos hurons, iroqueses e esquimós, que habitavam imensas regiões do país por dez mil anos. Vikings por um curto período de tempo habitaram a província de Terra Nova e Labrador, no século X.Alguns historiadores acreditam que o português João Vaz Corte Real tenha sido o primeiro europeu a oficialmente desembarcar em terras canadenses, ao comando de uma expedição luso-dinarmaquesa, embora poucos historiadores acreditem na existência dDepois de 1867, lentamente outras colônias inglesas aceitaram se unir à Confederação Canadense, sendo que a primeira foi a Colúmbia Britânica, e em 1880, os Territórios do Noroeste - cedido pela Companhia da Baía de Hudson). Posteriormente, os Territórios do Noroeste seriam dividos nas atuais províncias de Alberta, Saskatchewan e Manitoba, (além dos territórios de Yukon e Nunavut). Foram totalmente integrados ao território canadense, não sem a geração de conflitos de cunho étnico, social e econômico, dos quais destaca-se a Rebelião de Red River, liderada por Louis Riel. Este seria posteriomente executado por traição e tal expedição, devido à ausência de referências.

Cultura do Canadá

Cultura Canadense é um produto da história e geografia do Canadá. A maior parte do território canadense foi ocupada e desenvolvida depois de outras colônias européias na América, o que resulta nos temas e símbolos de pioneiros, desbravadores e comerciantes foram importantes no início do desenvolvimento de sua cultura.[1] A conquista Britânica de Quebec em 1759 trouxe uma grande população francófona sob poder britânico. criando uma necessidade de compromisso e acomodação, enquanto a migração do Império Fiel Unido e das Treze colônias trouxe grande influências britânica e estadunidense.
Apesar de não ser livre de conflitos, as primeiras interações do Canadá com populações aborígenes foram relativamente pacíficas, comparadas às experiências com os povos indígenas nos Estados Unidos. Combinado com o desenvolvimento econômico relativamente tardio em várias regiões, essa história pacífica concedeu aos nativos uma infuência relativamente forte na cultura nacional enquanto preservava sua própria identidade.[2]

Cultura do Peru

As culturas pré-colombianas desenvolveram-se notavelmente em ramos próprios e originais, embora com recíprocas interações, cada uma contribuindo e legando à outra grandes realizações sociais, tais como atestadas pela notável arquitetura, com excelente cerâmica, fina ourivesaria, escultura e construção monumental.
Foi magnífico o desenvolvimento dessa região na agricultura, desde muito cedo, com a utilização de engenhosas obras de irrigação, campos de cultivo em terraços e em especial a manutenção e desenvolvimento de várias espécies vegetais de grande valor alimentar, depois espalhadas por todo o mundo (como é o caso do tomate, das batatas e da coca).
Os incas adonaram-se desse caldo cultural, não apenas o mantendo mas o incrementando e disseminando pela vasta região andina da América do Sul, tornando-se grandes construtores. A conhecida cidade montanhesa de Machu Picchu e os edifícios de Cuzco são o exemplos de sua excelência arquitetônica.
Também é de assinalar uma importante contribuição dada pelos peruanos à pintura colonial sul-americana na célebre Escola de Cuzco, que teve grande prestígio em toda a região dos Andes entre os séculos XVII e XIX.
Depois da independência, o Peru atravessou várias fases desde a cultura hispânica colonial até o Romantismo europeu, com um movimento cultural nos princípios do século XX que resgatou o " indigenismo", similar ao ocorrido no Brasil, que expressava nova consciência da cultura índia ancestral.

Aspectos Econômicos do Peru

A economia do Peru baseia-se na exploração de minérios como a prata (terceiro produtor mundial), o zinco (quarto), o estanho (quinto) e o cobre (oitavo).
Cultivam-se também cana-de-açúcar, açúcar, algodão, café e, na floresta, o trigo. Sua agricultura de subsistência é à base de milho e batata, cultivados principalmente nas serras.
Existe no litoral a atividade pesqueira, e nela o Peru é um dos maiores produtores mundiais. Se a corrente marítima peruana favorece a pesca, também torna possível detectar a chegada do El Niño, quando os cardumes se afastam.
No entanto, nos últimos anos tem sido significativa diversificação e crescimento significativo no agronegócio, serviços e indústrias leves. A nova tendência de exportação de Peru está a expandir-se a áreas tão diversas como sorvete, barcos luxuosos, máquinas para a indústria alimentícia, móveis, bebidas, vestuário e moda, computadores, software, perfumes e jóias, de acordo com o Ministério do Comércio Externo e Turismo. O governo criou a Bandeira Nacional Produtos (COPROB), a fim de conseguir uma oferta exportável e consolidar a sua presença nos mercados internacionais.
Inflação anual em 2005 foi de 1,49% e, em 2006, de 1,14%, um dos mais baixos América Latina e no mundo. Espera-se que em 2007 a inflação é de 2% (variação da meta BCRP) e 1,8% -3% para os próximos dez anos.
O aumento do produto interno bruto (PIB) per capita será 48% até 2011, introduzindo a dinâmica da actividade económica, no Peru, de acordo com projeções do Ministério da Economia e Finanças do Peru (MEF). Estima-se que em 2010 PIB chegará a 132.500 milhões de dólares, de acordo com o ministro Luis Carranza PIB per capita no 2011 excedem os US $ 6.000.
Apesar da crise económica, o Peru vai continuar a mostrar um crescimento económico elevado, incluindo os maiores países da região, embora esta seja reduzida para 3% em 2009, comparado a 9%, que foi registrado em 2008
O Peru faz parte do tratado internacional chamado Apec (Asia-Pacific Economic Cooperation), um bloco econômico que visa a transformar o Pacífico numa área de livre-comércio e que engloba economias asiáticas, americanas e da Oceania.
Peru é o Acordo de Livre Comércio (TLC) assinado:
TLC com Estados Unidos, TLC com o Canadá, TLC com Cingapura, TLC com a Tailândia, TLC com EFTA (Suíça, Liechtenstein, Islândia e Noruega), TLC com a China.

Aspectos Econômicos do Canadá

A economia do Canadá é uma das mais influentes a nível mundial, de cariz capitalista, favorecida por sua proximidade com os Estados Unidos da América e por diversos tratados comerciais como o Tratado Automobilístico (Canada-United States Automotive Agreement) de 1965, o FTA (Tratado de Livre Comércio) de 1989 e o NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) de 1994. Com grandes reservas de recursos naturais e uma força de trabalho altamente instruída, o Canadá aproveita-se de sólidos prospectos econômicos, que permitiram um crescimento anual, de, em média, 3%, desde 1993. Atualmente, o Canadá possui a 13º maior economia do mundo, quando medida pelo seu PIB PPC, ou a 9º maior do mundo, quando medida pelo seu PNB PPC.

Aspectos Politicos do Canadá

O Canadá é uma federação, uma monarquia constitucional e uma democracia parlamentar. O chefe de Estado do país é a Rainha Elisabeth II do Reino Unido. As tarefas do chefe de Estado são exercidas no Canadá por um representante, pelo governador-geral, que é geralmente um político aposentado ou um outro canadense prominente, escolhido pela rainha, através de um conselho do primeiro-ministro. Apesar de ser o chefe de Estado do país, nem o monarca britânico, nem o seu representante no Canadá, o governador-geral, possuem quaisquer poderes políticos no Canadá, embora muitas cerimônias, atos e debates das leis propostas e discutidas pelo Senado e pela Câmara dos Comuns precisem da aprovação simbólica do governador-geral. Este também abre e fecha sessões do parlamento — e dissolve o parlamento antes que uma eleição nacional seja realizada.
O governador-geral também aprova — simbolicamente — o líder de governo, o primeiro-ministro, este considerado por muitos também o chefe de Estado do país (dado o papel apenas simbólico da rainha Elisabeth II e seu representante no país). O primeiro-ministro do Canadá não é escolhido diretamente pela população, mas sim, é o líder do partido político que obtém mais votos e posições na Câmara dos Comuns. O primeiro-ministro, por sua vez, escolhe os membros do Gabinete, que são membros do partido político do primeiro-ministro, em ambas as câmaras legislativas. O poder executivo no país é exercido pelo primeiro-ministro e pelo gabinete.
O poder legislativo canadense é exercido pelo Parlamento, que é bicameral, compostos pela Câmara dos Comuns — cujos membros são diretamente escolhidos pela população — e pelo Senado, cujos membros são escolhidos pelo governador-geral, a conselho do Primeiro-Ministro do Canadá. Para que leis entrem em vigor no país, votos de ambas as câmaras são necessários, embora a Câmara dos Comuns, também chamada de Câmara Inferior, é sensivelmente mais poderosa do que o Senado, também chamado de Câmara Superior. Os membros da Câmara dos Comuns possuem mandatos que expiram em uma nova eleição — que acontece a cada quatro anos, podendo concorrer à reeleição quantas vezes quiserem. Já os membros do Senado são indicados pelo primeiro-ministro (e aprovados simbolicamente pelo governador-geral) regularmente, e atuam no Senado até completarem 75 anos de idade, ou até quando decidirem renunciar. O Canadá possui quatro principais partidos políticos. O partido tradicionalmente centrista, o Partido Liberal, governou o Canadá durante a maior parte do século XX. Apenas outro partido político no país conseguiu chegar ao poder desde que o Canadá se tornou independente em 1867, o atual Partido Conservador, e seus predecessores, o Partido Progressivo Conservador e o antigo Partido Conservador. O Novo Partido Democrático é um partido político de esquerda, e o Bloco Quebequense é um partido político de grande influência e de cunho nacionalista em Quebec. Existem outros menores partidos políticos de menor importância no país, embora nenhum possua em tempos atuais representantes no parlamento.
O Poder Judiciário do Canadá é o principal intérprete das leis do país, e possui o poder de anular quaisquer leis criadas no país que violem a constituição. A Suprema Corte do Canadá é a corte mais poderosa do país, árbitro final de quaisquer processos judiciários. O Código Criminalístico do Canadá é de responsabilidade federal, e uniforme ao longo do país. Já a Common Law é exercida pelo governo federal em todo o país exceto Quebec, que possui sua própria Common Law. O cumprimento das leis dos país é de responsabilidade provincial, embora várias províncias contratem os serviços da Royal Canadian Mounted Police para o exercício desta tarefa. A Polícia Montada do Canadá é a única força policial do mundo que opera em três esferas de governo: municipal, provincial/territorial e federal.
O Canadá é um membro das Nações Unidas, da Commonwealth, da La Francophonie, da Organização dos Estados Americanos, da Organização do Tratado do Atlântico Norte, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio, da Organização Mundial de Comércio, do G8 e da Associação Econômica da Ásia e do Pacífico.

Aspectos Polilticos do Peru

O Peru é, sem sombra de dúvida, um país que apresenta particularidades ímpares. Desde sua história, que é permeada pela significativa presença dos Incas, com sua forte expressão espiritual, tradições e arquitetura, passando pela bela constituição geográfica e desaguando na mistura de povos e culturas que formam a rica diversidade dos peruanos. Assim, falar sobre o Peru é falar sobre suas riquezas e diversidades, fundamentais na caracterização do amadurecimento político e institucional andino nos últimos anos.
Portanto, desembarcar em Lima é como chegar a um mundo formado pela coesão de culturas, já que o país é formado por ameríndios, eurameríndios e os colonizadores ibéricos da Espanha. Isto fica claro desde a chegada. Poucos percebem também que o espanhol não é a única língua oficial, exatamente em decorrência da miscigenação cultural. Ali, mesmo com todos falando o castelhano, convivem, além deste, o quíchua e o aimará. Não menos importante é se lembrar do povo, sempre cordial e amigo, disposto a ajudar e conversar, seja em San Isidro, Mirafolres, San Borja ou Surquillo.
O interior, entretanto, guarda os segredos mais preciosos do Peru. A cidade de Cusco, antiga capital do Império Inca conserva em sua arquitetura os traços da imigração espanhola em conjunto com os vestígios da antiga civilização. A altitude é um pequeno desafio para qualquer um dos turistas que passam pela cidade, entretanto, a cordialidade do povo mais uma vez impressiona e, aliado as belezas do lugar, torna a estada na cidade algo inesquecível, tornando, em certos momentos, mesmo com a insistência das crianças na Praça de Armas para que se compre souvenires "compra, señor, compra!!", algo, no mínimo peculiar.
Machu Picchu, localizada a 112km de Cusco, ou seja, quatro horas de trem, é mais do que especial, tornando-se parada obrigatória para qualquer um que visite a região. As ruínas, encontradas somente em 1911, mais do que encantam, seja pela arquitetura, seja pela modernidade apresentada pelos Incas que dali sumiram há mais de 400 anos. O encantamento espiritual é intenso e talvez por isso várias pessoas são encontradas meditando ou mesmo refletindo perante os vales e montanhas que cercam a região. Não há dúvida de que uma intensa energia circula pelas ruínas e solo de Machu Picchu. Esta mesma energia é encontrada em outras ruínas, como no Vale Sagrado, localizado em uma região mais perto de Cusco.
No aspecto político, o Peru tem passado por grandes transformações. Lá existem quatro grandes partidos: Peru Possível (PP), Aliança Popular Revolucionária Americana (Apra), Partido Unidade Nacional e Cambio 90. A Apra é o partido do antigo presidente Alan Garcia, que decretou moratória da dívida externa e tentou estatizar o sistema bancário, ainda na década de 80. A inflação disparou a 7.600% e Alberto Fujimori foi eleito presidente, levando o Cambio 90 ao poder. Depois de uma década, Fujimori deixou o Peru, exilando-se no Japão. Chegou ao poder o PP de Alejandro Toledo, eleito presidente em 2002, depois de uma acirrada disputa com Alan Garcia. A eleição de Toledo é significativa, pois simbolizou a chegada dos indígenas e das tradições peruanas ao poder - após sua posse, Toledo foi a Machu Picchu agradecer sua vitória aos deuses Incas. O pleito de 2006 evidencia talvez o mesmo embate, entre PP e Apra - Toledo acaba de confirmar a renovação de seu gabinete e Lima já começa a respirar os primeiros ares da sucessão presidencial.
O Peru possui algo de especial, uma energia intensa, uma espiritualidade pujante. Assim, vários livros já usaram sua geografia e encanto para descrever situações especiais. As nove profecias, descritas no livro de James Redfield representam um bom exemplo. Coincidências não ocorrem por acaso, diz, assim devemos estar centrados em nossa energia interior para que as do universo trabalhem ao nosso favor. Perceber, estar atento a essas coincidências talvez seja o primeiro passo, lembra. Portanto, se algo o levar ao litoral desértico, ao altiplano andino ou ao leste da cordilheira, dizem as antigas escrituras do local, talvez não seja mera coincidência.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Migrações do Peru

A defesa dos peruanos no exterior é um aspecto central da política externar peruana. A proteção e a promoção de seus direitos humanos são um elemento central nas tarefas do Estado peruano em sua vinculação com as comunidades na diáspora. Não se dispõe de dados exatos sobre o número de peruanos no exterior. No entanto, calcula-se que atualmente existem entre 2 e 3 milhões de peruanos na diáspora. Essas pessoas são atendidas pela Chancelaria em coordenação com rede de escritórios consulares no mundo todo.

Os peruanos migrantes no exterior representam um importante contingente que contribui para o desenvolvimento do país, promovendo a cultura peruana ou o turismo para o Peru, enviando recursos econômicos a seus familiares ou investindo na economia nacional, ou mediante a compra e venda de produtos peruanos no exterior, além de outras possibilidades.

Quanto ao número de peruanos no exterior e ao perfil do migrante peruano, deve mencionar-se o projeto “Fortalecimento da política de vinculação dos peruanos no exterior. Pesquisa piloto de caracterização do peruano no exterior”, que acaba de ser concluída com êxito pelo Ministério das Relações Exteriores em cooperação com o Instituto de Estudos Internacionais (IDEI) da Pontifícia Universidade Católica do Peru e da Organização Internacional de Migrações (OIM).

Estrutura etária do Peru

A República do Peru3, com uma área de 1,285 milhões de km2, terceiro maior país da
América do Sul, limita-se com o Oceano Pacífico, ao oeste; ao norte, com o Equador e a
Colômbia; ao leste, com o Brasil e a Bolívia; ao sul, com o Chile. A planície do Pacífico
estende-se de norte a sul e a cordilheira dos Andes segue a mesma trajetória, tendo no Nevado
Huascaran (6.768m), seu pico mais alto. Ao oeste encontra-se a extensa mata amazônica, rica
em biodiversidade e minerais. Na cordilheira dos Andes há vulcões ativos e se destaca o lago
Titicaca, metade no Peru e a outra na Bolívia, por ser o lago navegável mais alto do mundo e
importante meio econômico para as regiões circundantes dos dois países (ameaçado pela
poluição da extração mineral), junto à montanha Nevado Misumi (5.316m), onde inicia uma
vertente do rio Amazonas. No Pacífico, os fenômenos do El Niño e da La Niña afetam o clima
de todo o Continente e, há suspeitas, de todo o planeta Terra.
Lá mora uma população de 29,1 milhões de pessoas formada por quíchuas e aimarás
(45%); euramerídios (37%), europeus ibéricos (15%) e os demais, de outras nacionalidades. O
crescimento demográfico é de 1,26% ao ano. Em 2005, 74,6% moravam em cidades, sendo
Lima a capital, com mais de 8,2 milhões de habitantes (28,1% da população); a segunda
cidade é Arequipa, com apenas 710 mil habitantes. Sua pirâmide etária é de zero a 14 anos:
29,7%; de 15 a 64: 64,7%; e, 65 anos e mais: 5,6%. A mortalidade infantil é elevada, estando
em torno de 29,5/1000 n.v.. A expectativa de vida é de 70,4 anos, sendo de 72,3 para as
mulheres e 68,6 para os homens. Os analfabetos são 12,3% e o IDH é 0,773 (15º da América
Latina e o 87º do mundo). A força de trabalho é de 9,4 milhões de pessoas, com a seguinte
distribuição: 9% no setor primário, 18% na indústria e 73% nos serviços. A pobreza do país é
acentuada a tal ponto que 44,5% da população (2006) vivem abaixo da linha da pobreza. Esta
população é assistida através do Programa Nacional de Apoyo directo a los Más Pobres -

Crescimento vegetativo no Peru

Um dos mais áridos desertos do mundo, os cumes nevados da cordilheira dos Andes e as úmidas selvas da Amazônia se reúnem no território do Peru, país que foi berço de notáveis civilizações pré-colombianas, núcleo central do império inca e jóia colonial da coroa espanhola.
O Peru situa-se na parte ocidental da América do Sul. Com uma superfície de 1.285.216km2, limita-se ao norte com o Equador e a Colômbia, a oeste e sudoeste com o oceano Pacífico, a leste com o Brasil, a sudeste com a Bolívia e ao sul com o Chile. Os Andes atravessam seu território de norte a sul e o estruturam, física e climaticamente, em faixas paralelas à costa do Pacífico.
Geografia física
Geografia e relevo. A costa, a oeste, a cordilheira, no centro, e a selva, a leste, são as três grandes regiões naturais do país. A grande barreira andina, que atravessa o continente sul-americano de norte a sul junto às costas do Pacífico, é a viga mestra da conformação geográfica do Peru. As cordilheiras que circundam a bacia do Titicaca reúnem-se a noroeste do lago. Deste ponto partem as cadeias paralelas da cordilheira Ocidental, próxima à costa e divisória continental de águas entre o Atlântico e o Pacífico, e a cordilheira Oriental, cortada pelos profundos vales do Marañón e de seus afluentes no caminho que trilham para o Atlântico.
O monte mais alto da cordilheira Ocidental é o Coroporuna (6.425m), e da Oriental, o Ausangate (6.384m). Entre as cordilheiras Oriental e Ocidental, há uma região de altiplanos cortados por profundos vales fluviais. As duas cordilheiras encontram-se de novo em Pasco, a partir de onde voltam a separar-se em cadeias montanhosas paralelas em direção noroeste. A cordilheira Branca apresenta as maiores altitudes do país: o monte Huascarán alcança 6.768m.
Entre a cordilheira Ocidental e a costa do Pacífico encontra-se a planície costeira, formada por sedimentos fluviais recentes e que alcança no norte do país certa amplitude (deserto de Sechura). A leste dos Andes, estende-se a imensa bacia da Amazônia.
Clima. A corrente de Humboldt, ou do Peru, desloca ao largo da costa peruana, na direção norte, uma imensa quantidade de água fria procedente da Antártica e tem notável influência sobre o clima. A temperatura média da costa do Peru é de seis a oito graus mais baixa do que seria de esperar em vista da latitude. As precipitações são praticamente nulas na área que se estende do oceano até os primeiros contrafortes dos Andes, mas a costa em geral se mostra coberta, durante boa parte do ano, por densas brumas úmidas. O sol brilha sobre Lima no verão, mas durante o resto do ano fica coberto pela névoa.
Com certa periodicidade se forma no oceano uma contracorrente, chamada El Niño, que impele para sul água quente da zona equatorial e empurra a corrente fria para longe da costa. A evaporação de suas águas inusitadamente quentes produz chuvas catastróficas numa área que habitualmente aparece entre as mais secas do planeta.
Na região andina o clima é temperado e seco, com chuvas sazonais, entre 2.500 e 3.500m. Na região amazônica, o clima é quente e chuvoso.
Hidrografia. O Peru apresenta dois sistemas hidrográficos. O primeiro compreende os rios que descem dos Andes para a costa do Pacífico e que, embora numerosos, não acumulam volume d'água suficiente para alcançar o mar na estação seca. Apenas dez são perenes, e o mais importante é o Santa. O segundo sistema é constituído pelos dois grandes rios que formam o Amazonas, o Marañón e o Ucayali, que se juntam a aproximadamente 200km de Iquitos, e seus numerosos afluentes.
Entre esses afluentes, que descem dos Andes pela encosta e banham a região oriental do Peru, encontram-se o Huallaga, o Urubamba e o Apurimac, perenes e em grande parte navegáveis. No sudeste do país, compartilhado com a vizinha Bolívia, encontra-se o lago Titicaca, a 3.810m de altitude. Os rios que nele deságuam são pequenos e não navegáveis. Além do Titicaca, há muitos outros lagos no Peru, como o Junín, o Paca, o Llanganuce, o Rimachi, o Sauce etc.
Flora e fauna. Na zona árida da costa, a vegetação, composta principalmente por cactáceas, está adaptada para atrair a umidade da atmosfera brumosa. Os vales fluviais dessa região constituem autênticos oásis. Durante o verão, o aquecimento das águas marinhas provoca a morte do plâncton e, em conseqüência, o desaparecimento de grande parte dos peixes e das aves marinhas.
A aridez das ladeiras ocidentais da cordilheira Ocidental diminui com a altura. Cactos, gramíneas, arbustos espinhosos e algumas árvores crescem nas zonas altas, enquanto que nas punas -- altiplanos situados a mais de 3.500m -- dominam os pastos de gramíneas, habitats de animais bem adaptados a essas condições naturais, a lhama, a alpaca, o guanaco e a vicunha. Em altitudes superiores a cinco mil metros, só subsistem musgos, liquens e algumas ervas.
A leste dos Andes, na Amazônia peruana, a paisagem biológica é em tudo semelhante à da Amazônia brasileira, e a flora, naturalmente, dá lugar à floresta tropical, cuja fauna em nada difere da do extremo norte do Brasil, representada por onças, antas, ariranhas, porcos-do-mato, grande variedade de macacos, maior ainda de aves e insetos.
População
Como em outros países latino-americanos, é característica do Peru a mestiçagem racial produzida ao longo dos séculos. Os conquistadores espanhóis instalaram-se a partir do século XVI, principalmente na costa e nas cidades da serra. Nesses lugares produziu-se com maior intensidade o fenômeno da mestiçagem, enquanto nas pequenas localidades serranas conservou-se a raça ameríndia com maior pureza. Na população costeira abundam, também, os negros, descendentes dos escravos importados da África, assim como mulatos e mestiços de negros e indígenas. Em conjunto, quase metade da população é de ameríndios, cerca de dez por cento de brancos, uma percentagem ainda menor de negros e asiáticos, e o restante de mestiços.
Grande parte da população da serra fala o quíchua, idioma imposto pelos incas em seu império como língua franca. No setor sudeste, junto ao lago Titicaca e à fronteira boliviana, a língua mais falada entre a população indígena é o aimará. As línguas indígenas desapareceram da costa, mas mantiveram-se nos pequenos agrupamentos humanos na selva. O castelhano e o quíchua são as línguas oficiais do Peru.
A capital, Lima, é também o centro econômico, financeiro e cultural do país. Os maiores centros urbanos, além da capital, são Callao, Arequipa, Trujillo, Chiclayo, Cuzco e Piura.
Economia
Agricultura, pecuária e pesca. Apenas uma pequena parte do território peruano é aproveitada para agricultura. Os oásis da costa, de solos ricos e clima temperado, são explorados de forma intensiva em plantações de algodão, cana-de-açúcar e arroz; ocasionalmente, para produtos mediterrâneos, como videiras e oliveiras. Em geral, a agricultura da costa já se acha mecanizada e produz tanto para o mercado interno como para a exportação.
Na serra, os métodos agrícolas são mais tradicionais. As pequenas plantações, situadas com freqüência em terraços artificiais que datam de tempos anteriores à conquista, geram uma economia de subsistência. No fim do século XX, o país era o maior produtor mundial de folhas de coca. Outros produtos da serra são o milho e a batata. Depois da segunda guerra mundial passaram a ser cultivados com êxito, nas montanhas, café, arroz, banana e outros frutos tropicais. A escassez das vias de comunicação constitui obstáculo para o desenvolvimento agrícola.
Com a metade do território peruano coberta de selva tropical, constituem reserva importante as seringueiras e árvores de madeiras nobres, como ébano e cedro. Os portos fluviais no Amazonas e seus afluentes são, na maioria, centros madeireiros que exportam pelo Atlântico. Os pastos, abundantes, são aproveitados para o gado ovino e bovino, e para a criação de lhamas, alpacas, guanacos e vicunhas.
O Peru foi um dos primeiros países a reclamar o direito a uma faixa de águas territoriais de 200 milhas. Assegurou, com isso, a exploração de uma das zonas pesqueiras mais férteis do mundo. A partir da década de 1950, o país organizou uma moderna frota pesqueira, que passou a apresentar uma das maiores produções do mundo, principalmente de anchoveta, destinada na maior parte à fabricação de farinha de peixe para alimento do gado.
Energia e mineração. No extremo norte do país encontram-se jazidas de gás e petróleo, tanto na costa como na plataforma marítima continental. Exploram-se também os campos petrolíferos da bacia do Ucayali, na selva, e os de Puno, próximos ao lago Titicaca. No final do século XX, o Peru era auto-suficiente e exportava uma parte de sua produção. Contava, ainda, com bom suprimento de alguns tipos de carvão, como o antracito, o linhito e a turfa.
O potencial hidrelétrico, nas montanhas, é enorme. O aproveitamento, porém, dos cursos altos dos caudalosos rios da bacia amazônica enfrenta a dificuldade representada por seu afastamento das zonas de consumo, ante o que se torna mais rentável a produção de eletricidade em centrais térmicas.
A riqueza mineral do Peru é conhecida há séculos. Às jazidas de metais preciosos, exploradas por incas e espanhóis, juntaram-se no início do século XX as de cobre (Cerro e Pasco) e, mais tarde, a produção de diversos outros metais, como ferro, chumbo, zinco e manganês. No século XIX, adquiriu grande importância o aproveitamento do guano (fosfato de cálcio proveniente do excremento das aves marinhas), excelente fertilizante natural que recobre as ilhas costeiras do Pacífico. A queda da exploração do guano compensou-se com a descoberta de importantes jazidas de fosfatos no deserto setentrional.
Indústria. Apesar dos variados recursos naturais do país, tardou ali o desenvolvimento industrial. Refinarias de petróleo, siderúrgicas, instalações para o beneficiamento primário de minerais metálicos e fábricas de fertilizantes constituem o núcleo da indústria pesada do país. Entre as indústrias alimentícias, sobressaem as da elaboração de farinhas e óleos de peixes nos portos pesqueiros. O algodão, a lã e a alpaca de produção peruana são de ótima qualidade e deram origem a próspera indústria têxtil.
Transporte e comunicações. No final do século XX, a costa peruana era percorrida por uma rede rodoviária satisfatória, que tinha por eixo a rodovia pan-americana. Esta atravessa toda a região, da fronteira do Equador até a do Chile, passando por todos os centros urbanos de importância. A serra, em contrapartida, possui poucas rodovias e na maior parte sem pavimentação. A selva só contava com os cursos fluviais navegáveis até generalizar-se o uso do transporte aéreo, mais orientado para o serviço de passageiros do que de carga. Construíram-se algumas vias de penetração que cruzam os Andes, da costa até a selva, mas são ainda pouco eficientes.
A rede ferroviária é bastante limitada e compõe-se fundamentalmente de duas linhas. A primeira une o porto de Callao a Lima e sobe até La Oroya, a uma altura de 4.818m, para dirigir-se em seguida a Cerro de Pasco e Huancayo. A segunda linha sobe por Arequipa a partir do porto de Mollendo até chegar às margens do lago Titicaca, onde uma balsa complementa o transporte até a margem boliviana.
Os principais portos marítimos são os de Talara, Chimbote, Callao e Mollendo. Iquitos, Pucallpa e Puerto Maldonado têm um tráfego fluvial importante. As principais cidades e as localidades da selva contam com aeroportos.
História
Peru pré-colombiano. Desenvolveram-se no território peruano várias civilizações pré-colombianas, das quais as mais antigas alcançaram seu esplendor no final do segundo milênio antes da era cristã. A mais conhecida de todas, porém, a inca, foi de criação mais recente e, em alguns aspectos, alcançou o grau de desenvolvimento cultural que haviam atingido outros povos anteriores, como os de Chavín, Paracas, Mochica, Tihuanaco, Nazca etc.
As mais antigas notícias que se têm sobre os incas não vão além do fim do século XII da era cristã. Durante muitos anos o povo inca só estendeu seus domínios a uma área de poucos quilômetros de raio em torno de sua capital, Cuzco. Na segunda metade do século XV, um grande soberano, Pachacutec Inca Yupanqui, e seu filho, Tupac Inca Yupanqui, ampliaram extraordinariamente seus domínios, até formar o maior império conhecido na América do Sul pré-colombiana.
Primeiro se apoderaram dos territórios aimarás em torno do lago Titicaca. Mais tarde, caíram em seu poder os diversos povos do norte e do oeste, entre os quais o poderoso reino chimú. As fronteiras do império, quando da chegada dos conquistadores espanhóis, incluíam os territórios das futuras repúblicas do Peru, do Equador e da Bolívia, além do norte do que viriam a ser a Argentina e o Chile.
Depois do descobrimento do Pacífico, expedições espanholas, a partir do Panamá, exploraram as costas sul-americanas daquele oceano e tiveram conhecimento da existência de um grande império na região. Francisco Pizarro obteve do imperador Carlos V (I da Espanha) autorização para proceder à conquista e dominação daquelas terras. No início de 1531, Pizarro, à frente de 180 homens, desembarcou na costa peruana, de onde avançou ao encontro do imperador inca, que se encontrava em Cajamarca.
Atahualpa acabava de conquistar o trono em luta civil contra seu irmão Huáscar. Rodeado por um exército de trinta mil homens, não podia imaginar a superioridade bélica do pequeno contingente de invasores, equipados com armas de fogo. Depois de fazer executar o soberano, em novembro de 1533 Pizarro entrou sem resistência em Cuzco.
A colônia. Logo se organizou a divisão de terras e riquezas entre os conquistadores. Francisco Pizarro, diante dos inconvenientes que representavam a distância e a grande altitude de Cuzco, fundou em 1535 a cidade de Lima, perto da costa, para facilitar a comunicação marítima com o Panamá e com a metrópole. Um dos lugares-tenentes de Pizarro, Diego de Almagro, partiu para a conquista do Chile mas, decepcionado pela falta de riquezas naquele país, voltou ao Peru, onde tentou apoderar-se de Cuzco. Foi vencido e executado em 1538, mas três anos depois alguns de seus homens conseguiram matar Pizarro. O poder efetivo, no entanto, foi mantido pelo irmão do conquistador, Gonzalo, até 1548.
Carlos V instaurou o vice-reino do Peru em 1543. O vice-rei Blasco Núñez Vela, enviado pela coroa em 1544, enfrentou a rebelião dos conquistadores, que na prática se haviam convertido em senhores feudais do território, e perdeu a vida em sua tentativa de impor o poder real. No entanto, um novo enviado plenipotenciário do soberano, Pedro de la Gasca, derrotou Gonzalo Pizarro, que foi executado.
O vice-rei Andrés Hurtado de Mendoza, que governou de 1555 a 1561, impôs-se definitivamente aos conquistadores rebeldes. Seu trabalho foi consolidado de 1569 a 1581 por Francisco de Toledo, sob cuja administração o vice-reino adquiriu organização interna e ocupou-se das fontes de riqueza que o transformaram no principal provedor de metais preciosos da Europa. A Inquisição estabeleceu-se em Lima e foi fundada a Universidade de São Marcos.
A fabulosa jazida de prata de Potosí, no Alto Peru (posterior Bolívia), foi localizada em meados do século XVI, e a descoberta foi seguida por muitas outras. A extração de minerais e seu embarque para a Europa foram as mais importantes atividades econômicas da colônia. Transformada em capital do vice-reino, Lima durante dois séculos estendeu sua influência sobre a maior parte da América do Sul, do rio da Prata às costas do Caribe.
A criação do vice-reino de Nova Granada, em 1739, privou Lima de sua autoridade sobre os territórios que mais tarde constituiriam o Panamá, a Colômbia e o Equador. Em 1776 ocorreu a separação do vice-reino do rio da Prata, que englobou a rica zona mineira do Alto Peru. A liberação do comércio na época de Carlos III foi outro duro golpe para a capital. Uma grande revolta indígena comandada por Tupac Amaru (José Gabriel Condorcanqui) paralisou, de 1780 a 1783, a vida econômica do país. As idéias européias também se foram infiltrando pouco a pouco na fechada sociedade limenha do fim do século XVIII, e a capital do vice-reino começou a contar com instituições culturais modernas e publicações periódicas.
Independência. Depois da invasão francesa da metrópole, em 1808, o Peru manteve-se fiel à monarquia espanhola. A revolução de 1810 em Buenos Aires levou à ocupação das ricas regiões minerais do Alto Peru por parte de forças espanholas procedentes de Lima. As expedições enviadas por Buenos Aires fracassaram repetidamente em sua tentativa de desalojar os monarquistas. O general José de San Martín decidiu então atacar o Chile, que foi libertado em 1818, e ali preparou uma frota que desembarcou em Pisco, ao sul de Lima, em setembro de 1820. Em julho do ano seguinte tomou Lima, enquanto as tropas monarquistas se fortaleciam no interior.
As forças de San Martín eram insuficientes até mesmo para manter a posse da capital e, em julho de 1822, o general argentino viu-se obrigado a pedir ajuda a Simón Bolívar, que acabava de libertar definitivamente o vice-reino de Nova Granada. Após o encontro dos dois generais em Guayaquil, San Martín regressou à Argentina e Bolívar, chamado pelo Congresso peruano, atacou o país. Em dezembro de 1822 proclamou-se a República do Peru e, após as batalhas de Junín e Ayacucho em 1824, as tropas espanholas foram obrigadas a capitular.
Lutas pelo poder. Ao surgirem lutas internas na Venezuela, Bolívar, que fora nomeado presidente vitalício do Peru, abandonou o país. Sua partida, porém, foi aproveitada pelo Congresso peruano para derrubar-lhe a presidência. A transição entre o Peru colonial e a república independente foi difícil. À falta de experiência no autogoverno acrescentou-se a persistência das estruturas quase feudais da sociedade peruana. Durante muitos anos, apesar de ter sido aprovada em 1828 uma constituição liberal, o governo esteve em mãos dos caudilhos militares conhecidos como "marechais de Ayacucho", que competiam continuamente pelo poder. Um deles, Andrés Santa Cruz, deu um golpe de estado na Bolívia e, aproveitando a guerra civil no Peru, aliou-se com um dos bandos em luta e invadiu o sul do país. Em 1837 foi declarado, em Tacna, protetor da confederação peruano-boliviana, com três repúblicas: Bolívia, Sul do Peru, com capital em Arequipa, e Norte do Peru, com capital em Lima.
A união do Peru com a Bolívia foi mal acolhida pelo Chile e pela Argentina, que temiam o surgimento de uma nova potência regional. Com o apoio de dissidentes peruanos, em 1838 as forças chilenas apoderaram-se de Lima e, no ano seguinte, depois da batalha de Yungay, Santa Cruz viu-se forçado a renunciar ao poder. A efêmera união rompeu-se.
De novo independente, o Peru passou por um período de desordens civis entre liberais e conservadores, que só terminou com a presidência do general Ramón Castilla. Este ocupou a presidência durante dois períodos: de 1845 a 1851 e de 1855 a 1862. No primeiro pacificou o país e impôs a ordem mediante o reforço do Exército. O segundo período, que começou com uma cruenta guerra civil, coincidiu com um momento de auge econômico, graças à exploração dos depósitos de guano da costa do Pacífico, de cuja concessão a companhias estrangeiras provinha a maior parte da renda do estado. Decretou-se a libertação dos escravos negros e milhares de chineses foram atraídos para substituí-los nas plantações da costa. Construíram-se, ao mesmo tempo, as primeiras ferrovias e linhas telegráficas.
Em 1864 ocorreu uma última tentativa da Espanha para restabelecer sua influência no Pacífico. Com um pretexto fútil, uma esquadra espanhola ocupou durante vários meses as ilhas de Chincha, principal fonte da riqueza do guano. Peru, Equador, Bolívia e Chile uniram-se contra a antiga metrópole. Depois de uma troca de disparos com a fortaleza de Callao, os navios espanhóis se retiraram, e em 1869 a Espanha reconheceu pela primeira vez a independência do Peru.
Guerra do Pacífico. Ao se revelar a grande importância econômica do deserto de Atacama, rico em jazidas de salitre, irrompeu a rivalidade entre Bolívia e Chile por sua posse. O Peru estava ligado à Bolívia por um tratado secreto, e entrou automaticamente na guerra contra o Chile quando este país ocupou a cidade então boliviana de Antofagasta. Em 21 de maio de 1879, na batalha de Iquique, o Peru perdeu seus mais importantes navios de guerra, o que deixou sua costa indefesa ante a frota chilena.
O presidente peruano Mariano Prado, que se havia mostrado contrário a intervir na guerra, abandonou o país. Nicolás de Piérola tomou o poder, como chefe supremo da república. As tropas chilenas apoderaram-se de Lima em 17 de janeiro de 1881, enquanto o governo peruano se retirava para o interior do país. Finalmente, o Tratado de Ancón, de outubro de 1883, pôs termo à guerra do Pacífico e deixou em mãos chilenas tanto a província peruana de Tarapacá como a administração, por dez anos, das de Tacna e Arica.
Caudilhismo civil. Ao longo de 12 anos, sucederam-se governos presididos por militares, durante os quais o Peru começou a resolver seus problemas econômicos. Em 1895, ante a tentativa do general Andrés Avelino Cáceres de assegurar a reeleição por métodos fraudulentos, irrompeu uma revolução popular que levou Nicolás de Piérola à presidência, no início de um período de 24 anos de governos civis. A economia peruana conheceu uma nova expansão, graças à diversificação das exportações. Às tradicionais, de guano e nitratos, somaram-se as de algodão, café, açúcar e petróleo. Em 1902 fundou-se a companhia Cerro de Pasco, de capital americano, que empreendeu a exploração do cobre peruano.

Taxa de Mortalidade no Peru

As taxas de mortalidade no Peru mostraram queda impressionante nos últimos anos. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) apresenta a taxa de mortalidade materna no Peru em 1990 como 280 para cada 100.000 partos. No mesmo ano, a taxa de mortalidade infantil era de 82 para cada 1.000 nascidos vivos. Em 2003, a taxa de mortalidade materna havia caído para 162 e a taxa de mortalidade infantil para 33. Embora o programa de seguro seja apenas um fator a se considerar nessa melhora dos dados ao longo dos últimos anos, acredita-se que ele eleva a probabilidade de que o Peru alcance as Metas de Desenvolvimento do Milênio da ONU em termos de redução das taxas de mortalidade materno-infantil entre 1990 e 2015.

Taxa de Natalidade do Peru


Taxa de natalidade: 23.36 nascimentos por 1.000 habitantes